Não pergunte onde está a guerra, ela está em você!

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Ai, ai, meu D-eus, o que foi que aconteceu com as Letras brasileiras!?

Queria dedicar o texto abaixo a todos os que buscam a Arte e a Literatura.
Trata-se da conclusão de um ensaio de Tzevetan Todorov, que saiu no La Vanguardia, hoje.

14/02/2008

O assassinato da literatura, segundo Todorov

Tzvetan Todorov lamenta a concepção redutora das letras nas escolas, crítica e autores

[...]

Escritores e críticos

Mas, diz Todorov, "a concepção redutora da literatura não se manifesta só nas aulas das escolas ou das universidades; também é representada em abundância entre os jornalistas que resenham os livros e inclusive entre os próprios escritores". Nesse sentido, salienta, "houve uma evolução que faz que os criadores dêem a impressão de escrever para a crítica, algo que também acontece com a pintura e a arte conceitual".

[...]

E o assunto, diz ele, "não é que a literatura seja uma técnica de cura anímica, mas pode transformar cada um de nós por dentro". Acrescenta que "o leitor comum, que continua buscando nas obras que lê algo que dê sentido a sua vida, tem razão de se opor aos professores, críticos e escritores que lhe dizem que a literatura só fala de si mesma, ou que só ensina a desesperança". Porque, na opinião de Todorov, "o que os romances nos dão não é um novo saber, mas uma nova capacidade de comunicação com seres diferentes de nós". "E pensar e sentir adotando o ponto de vista dos outros, pessoas reais ou personagens literários, é o único meio de caminhar para a universalidade, e isso inclui os livros que o crítico profissional considera com condescendência, senão com menosprezo, desde 'Os Três Mosqueteiros' até 'Harry Potter'".

Todorov "aconselharia [os professores] a partir de textos em que haja um interesse evidente para os alunos e ir progressivamente para textos mais distantes, de mundos que lhes sejam mais estranhos. E falar do que falam os livros e não só do livro. Creio que todos os alunos podem se reconhecer nas histórias de identidade, amor, depressão ou violência que os livros contam. É preciso fazer que os alunos voltem a encontrar o interesse pela literatura."

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Pega, mata e come!

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